segunda-feira, 28 de maio de 2012


“...a religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta; Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se incontaminado do mundo” Tiago 1.26-27.

Religião aqui deve ser entendida não como um corpo de doutrinas, mas de uma postura adequada diante de Deus, ou seja, qual a forma verdadeira de culto que agrada a Deus.

Tiago nos adverte que se pensamos ser religiosos sinceros, mas não atentamos para algumas  verdades aqui descritas nossa religião é vã.


Uma manifestação de verdadeira adoração a Deus é “Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições”. Muitos cristãos são levados a pensar que o culto que agrada a Deus é só o momento de culto na igreja. Tiago não nos ensina só uma religião mística, de contemplação, que a tantos faz bem, mas que isoladamente não prova muita coisa.

“Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições” é manifestar simpatia e solidariedade aos que sofrem privações (materiais, físicas, emocionais e espirituais). As pessoas não são somente almas para salvar, mas reais, concretas, com necessidades em todas as áreas da vida. A palavra visitar no grego é “episképtomai”, que significa “visito para socorrer”. E isso não é só manifestar solidariedade ou orar.

É uma visitar para prover as necessidades da pessoa integral. Convenhamos que é bem mais fácil falar ou orar do que desembolsar bens e dinheiro, levar ao médico, ajudar nas tarefas do lar, etc. A oferta que agrada a Deus é socorrer os necessitados. Em Atos 10.38 lemos sobre Jesus “...com o Espírito Santo e com poder; o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando todos os oprimidos do Diabo, porque Deus era com ele”. Jesus de Nazaré andou fazendo o bem.

A religião que cuida apenas das necessidades espirituais, encarando o homem como um ser descarnado, não é muito proveitosa.

O terceiro aspecto da religião verdadeira é “guardar-se incontaminado do mundo”. Os dois conceitos ensinados no verso 27 não podem ser separados. Bondade e santidade devem andar juntas. Alguém bom que não seja santo cairá quando as tentações se avolumarem.

Alguém santo que não pratique a bondade é incoerente. A santidade não pode ser só no semblante doce, mas uma atitude para com Deus, que inevitavelmente refletirá nas atitudes para com o próximo. Santidade e insensibilidade não devem caminhar juntas no cristão.

 amor ao próximo expresso por atitudes concretas, reais, e não somente lamentação, e busca da santidade incessante, esta é a religião verdadeira, na pratica, e não uma religião mística de adoração e contemplação.
Tenham uma excelente semana!

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